03 março 2010

Sonnet CXVI

Olá pessoas do Trambico B! Estão gostando da semana?

Bem, vamos continuar postando os comentários que os alunos fizeram sobre os poemas que leram. Hoje é o de Cecília Lima, que comentou sobre o poema Sonnet CXVI, de William Shakespeare.

Sonnet CXVI

De almas sinceras a união sincera
Não há nada que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou vacila ao mínimo temor.

O amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes de firma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

Cecília: Escolhi o poema pela forma que Shakespeare fala do amor. Para o poeta, o amor verdadeiro não tem "hora" para começar nem para terminar. Não muda com o passar do tempo e é eterno. Não é egoísta e não admite ciúmes. Quando passa por obstáculos, se fortalece. Não é como a paixão, um sentimento que aparece repentinamente e desaparece da mesma forma. Quem ama, nunca deixa de amar.

Deixe seus comentários sobre o poema também! Fale o que lhe chamou mais atenção. Amanhã tem mais, não percam! Tchau!


6 comentários:

  1. Ana Carolina de O. Kraisch3 de março de 2010 às 19:08

    Falar de algo feito por Shakespeare é realmente muito complicado porque a minha capacidade de interpretar o amor e os sentimentos humanos nunca chegará aos pés da dele. Mas é bonito ver como ele passa pro leitor a sua visão do amor, o que me faz enxergá-lo como um eterno apaixonado. Concordo plenamente com ele quando ele diz que o amor é eterno e que quem ama, como cecilia disse, nunca deixa de amar. Mesmo que o sentimento se transforme o amor nunca será totalmente extinto.

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  2. As definições , características do amor para Shakespeare são maravilhosas, ele consegue ver com tanta intensidade o que é o amor que consegue transmitir para nós essa capacidade de compreender melhor esse sentimento ! E que esta amando ou amou pode ver que as palavras dele são totalmente corretas! Tem uma frase bem legal, que eu amo e que pode completar esse poema de Shakespeare , Amor não se conjuga no passado : ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente . "Pagila "

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  3. Muito bem, gente! Continuem participando com seus comentários ricos e interessantes.
    Um abraço!

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  4. Maria Caroline Oliveira11 de março de 2010 às 21:48

    Na minha concepção Shakespeare consegue nos passar uma definição perfeita sobre o que é o amor e o que ele nos faz sentir. Um sentimento grandioso que chega a dominar as pessoas, porém muitas vezes não damos o devido valor a esse amor, como o próprio autor fala: "Cujo valor se ignora, lá na altura." Afinal, é incrível a forma como Shakespeare fala sobre o amor!

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  5. Maria Caroline Oliveira11 de março de 2010 às 21:58

    Na minha concepção Shakespeare consegue nos passar uma definição perfeita sobre o que é o amor e o que ele nos faz sentir. Um sentimento grandioso que chega a dominar as pessoas, porém muitas vezes não damos o devido valor, como o próprio autor fala: "Cujo valor se ignora, lá na altura." Mesmo assim, vemos que o poema nos transmite uma idéia muita intensa sobre esse sentimento pois "é um marco eterno." Afinal, é incrível a forma como Shakespeare retrata o amor.

    p.s.: apaga o comentário de cima [;

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  6. Marcelynne Aranha Almeida15 de março de 2010 às 19:57

    O melhor de Shakespeare no soneto é o seu final. Até certa parte, algumas pessoas poderiam contestar a sua opinião sobre o que é o amor: 'aquilo que vence barreiras, supera tudo'. Mas o final, simplesmente deixa o soneto mais bonito, é o que faz a pessoa que leu mas não prestou atenção ler novamente, e tentar entender o que ele diz em cada verso. E claro, não há como contestar. Ele próprio se põe a prova disso.

    Marcelynne Almeida

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