15 abril 2010

Olá, trambiquinho :D

Bom, gente, como já foi dito no post anterior, a administração do blog mudou. :] Espero que vocês gostem das novidades que a gente vai compartilhar com vocês durante esse 2º bimestre e saibam que estamos abertas a críticas e/ou sugestões.

Vou começar falando mais um pouco sobre o gênero lírico:
Sabemos que a poesia é o despertar da subjetividade, e que ela revela sentimentos e emoções vividas pelo poeta. Mas quem é que ao ler uma poesia pela primeira vez consegue entender a essência da mensagem, ou seja, a real intensão do autor ao escrever aquele texto? Ele atingiu o seu objetivo? Uma poesia pode até parecer simples, mas ela revela o estado de espírito e as opiniões do seu autor já que é com muita frequencia utilizada como meio para se fazer uma denúncia ou criticar algo de contexto social. Por isso, para compreender e absorver a idéia de um texto lírico é necessário ler e reler e ler e reler mais uma vez e quantas vezes for preciso para que aquela mensagem não passe de meras palavras. O poema a seguir foi escrito por Ulisses Tavares:

Além da Imaginação

Tem gente passando fome.
E não é a fome que você imagina
entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio.
E não é o frio que você imagina
entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente.
E não é a doença que você imagina
entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança.
E não é o desalento que você imagina
entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos.
E não são os cantos que você imagina
entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro.
E não é a falta que você imagina
entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda.
E não é aquela que você imagina
entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece
imaginação.



Bom, galera, o que vocês acharam do poema? Na opinião de vocês, a que o autor se refere no texto? Comentem!! :)  

8 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. beeem, esse poema realmente relata o que muita gente 'imagina'... porque tem muita gente que quando fala, por exemplo, não tem nada, é se referindo a algo que quer teer, no entanto, não lembra, que muita gentee, realmente não tem nada. beem, eu não sei explicar o que realmente entendi, mas pra mim, o poema relatou/relata, a realidade de muuuita gente !

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  3. Esse poema fala muito sobre a nossa vida, como o evangelho dessa semana que falou sobre como nós reclamamos sempre do que a gente tem, e muita gente que não tem tanta coisa como nós não reclamam. Eles aproveitam tudo o que a gente dá, sem reclamar por que é velho, ou porque é usado. Esse poema é muito bom para refletirmos sobre nossos atos.

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  4. Olá, Carol. Lembrem-se de postar sobre a comédia grega. Curiosidades, informações, textos, autores. Pois essa semana já temos outro tema, ok?
    Um abraço!

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  5. É verdade, Carol. Nunca conseguimos entender de primeira ao ler um poema! Achei esse poema bem interessante, pois nos ajuda a compreender que muitas vezes reclamamos de pequenas coisas, quando existem milhares de pessoas que passam por dificuldades bem maiores que a gente, seja passando fome ou frio. Não é um poema difícil de entender, mas bem reflexivo. Gostei bastante! :)

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  6. exatamente! é fazemos uma tempestade por simples coisa, quanto tem pessoas passando por problemas super maiores !

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  7. Pelo que eu entendi o autor procura mostrar que agente reclama por quase nada,que as vezes o meu problema é praticamente nada comparado ao de outras pessoas.Ele procura mostrar que devemos da valor as pequenas coisas que agente tem e parar de reclamar da nossa vida que muitas vezes é uma vida de luxo comparada a milhares de brasileiro...
    Esse poema me tocou muito, ele é muito bonito...

    Por: Lucas Alverga

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  8. Realmente, muitas vezes temos que ler uma poesia para então compreender o que o eu lírico quer transmitir, claro que, saber exatamente o pensamento do autor, difícil é. Capitar a mensagem principal ás vezes não é facil, é necessário um conhecimento geral sobre o mundo,e ás vezes um pouco de entendimento sobre obras artes e etc., de literatura á pintura. Não é o caso exatamente desse poema, que é simples de ser compreendido e bastante reflexivo, nos faz pensar na realidade egoísta em que vivemos, ás vezes fazemos um drama por pequenas coisas que na verdade nem são problemas em relação a dificuldades maiores. Reclamamos do privilégio que temos, enquanto tem gente reclamando e sofrendo por realmente não ter nenhum tipo de privilégio e comforto.

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